Sargento da Pm é preso nesta manhã suspeito de matar a mulher em Maricá
Dayane Araújo, irmã de Shayene Araújo, que morreu com um tiro na cabeça na manhã desta terça-feira (16), disse ao g1 que o relacionamento dela com o sargento da Policia Militar, Renato Cesar Guimarães Pina, era conturbado e marcado por episódios de violência. Ele foi preso em flagrante, segundo a Polícia Civil, suspeito de feminicídio. O g1 não conseguiu contato com a defesa do sargento.
A irmã da vítima contou que o casal estava junto há cerca de três anos e tinha um bebê de 10 meses. Revelou ainda que eles moravam com a mãe de Shayene, em Itaboraí, mas há dois meses Renato convenceu Shayene a se mudar para outra casa, afastando-a da família, que presenciava brigas constantes e episódios de agressão.
“Ele fez minha irmã sair daqui porque batíamos de frente quando tinha briga. Ele tirou a minha irmã de casa para matá-la”, afirmou Dayane.
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Shayene também deixou um filho de nove anos, fruto de um relacionamento anterior. Segundo Dayane, a criança estava em casa no momento do disparo.
“Ele acabou com a vida dos meus sobrinhos. Ele acabou com a minha vida. Ele me tirou a minha companheira”, desabafou a irmã.
Dayane disse ainda que uma das agressões foi registrada em vídeo.
“Ela só reclamava quando explodia, mas só descobri as agressões, de fato, quando fui ver uma coisa na câmera de monitoramento daqui de casa e vi que ele a agredia, no final da gestação”, contou.
Em nota, a Polícia Militar informou que Renato Cesar Guimarães Pina foi transferido para a Unidade Prisional da Polícia Militar no Rio de Janeiro.
“O comando da Corporação repudia com veemência o ato do sargento e, tão logo a Corregedoria Geral esteja de posse do auto da prisão em flagrante expedido pela Polícia Civil, será aberto um Inquérito Policial Militar sobre o caso, que poderá resultar na sua exclusão”, disse a corporação.
A instituição afirmou ainda que o enfrentamento à violência contra mulher é tema estratégico da área de segurança pública e uma das prioridades da Polícia Militar.
“A Corporação criou há seis anos o programa Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida, que já atendeu a mais de 100 mil mulheres em situação de violência”.
Renato
Divulgação